O Partido Socialista compromete-se a apoiar a Ucrânia e adota uma atitude humanitária perante as migrações

Com o título “O futuro de Portugal na Europa”, o manifesto eleitoral do PS para as eleições europeias de 09 de junho, divulgado hoje, está organizado em nove missões para uma União Europeia baseada em valores, solidária, verde, digital e social, que não exclui ninguém, seja próspera e competitiva, autônoma, expandida, reformada e mais influente globalmente.

Desde a introdução, os socialistas reiteram o seu apoio ao povo ucraniano, afirmando que não é possível descansar “enquanto houver bombas a cair em território europeu”.

Além disso, propõem-se a “defender uma solução estrutural e sustentável para o conflito israelo-palestiniano, apelando a um cessar-fogo imediato que abra caminho para negociações de paz baseadas na solução de dois Estados”.

O PS alerta para as “inúmeras ameaças ao projeto europeu”, tanto vindas de fora, de potências hostis, como de dentro, do crescimento de forças nacionalistas, populistas e eurocéticas.

Afirma que são o único partido capaz de combater a ameaça dos retrocessos, representada pela extrema-direita e com a alegada cumplicidade da direita tradicional.

O PS critica a Aliança Democrática por ter o PPM na coligação, um partido soberanista e antieuropeu, que após o Brexit propôs um referendo sobre a permanência de Portugal na UE.

Os socialistas se comprometem a contribuir para melhorar os mecanismos que promovem e garantem o respeito pelo Estado de Direito, criação de instrumentos para evitar a manipulação de processos eleitorais e a disseminação de desinformação, sendo intransigentes na defesa e promoção da igualdade de gênero.

O PS assegura uma abordagem humanitária e solidária em relação ao fenômeno migratório, acompanhando a implementação do novo Pacto para as Migrações e Asilo, defendendo os interesses específicos das regiões ultraperiféricas, como os Açores e a Madeira, na UE, e promovendo maior justiça fiscal a nível europeu.

Os socialistas comprometem-se a apoiar o processo de expansão da UE, tanto em relação à Ucrânia e à Moldávia como aos países dos Balcãs Ocidentais, auxiliando-os no desafiante caminho de adesão e na adoção de todo o acervo comunitário.

O compromisso dos socialistas é manter os esforços para mitigar as mudanças climáticas, garantindo o acesso de todos os europeus a uma energia limpa, segura e acessível.

Monitorar de perto a atividade das principais plataformas digitais, evitando abusos de posição dominante, combatendo a desinformação e punindo a propagação de conteúdos ilegais, como o discurso de ódio ou a incitação à violência, é uma prioridade para o partido.

Lutar pela criação de um complemento europeu ao subsídio de desemprego, apoiar os direitos dos trabalhadores através de legislação europeia que acabe com a exploração laboral e reforçar os mecanismos europeus de combate à pobreza, em particular à pobreza infantil, são algumas das medidas no âmbito social propostas.

Para os jovens, o PS deseja combater a fuga de talentos, lançar uma agenda europeia para empregos dignos, fortalecer os programas Garantia Jovem e garantir a eliminação dos estágios não remunerados em todo o espaço europeu.

Para alcançar uma Europa mais próspera e competitiva, o PS pretende investir numa nova agenda para fortalecer a economia europeia, apoiar todas as iniciativas destinadas a melhorar o mercado único europeu e criar uma Estratégia Europeia de Combate à Corrupção, harmonizando as melhores práticas entre os Estados membros.

Defender uma política industrial europeia mais ambiciosa, promover a reindustrialização do continente europeu e reforçar os mecanismos de cooperação policial e judiciária europeia são algumas das medidas no sentido de uma UE mais autônoma.