Crítica da oposição ao PSD por falta de iniciativas no âmbito da saúde, Ventura propõe repreensão severa a Temido
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Durante o debate em plenário na Assembleia da República, que teve como tema o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal, foram expressas estas opiniões.
A esquerda de oposição acusou hoje o PSD de ter convocado um debate parlamentar sobre saúde sem apresentar qualquer solução, ao passo que o líder do Chega solicitou a expulsão de Marta Temido, principal candidata socialista nas eleições europeias.
Estas perspectivas foram expostas durante a discussão em plenário na Assembleia da República, proposta pela bancada social-democrata acerca do estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal.
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, bem como a deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires destacaram que o PSD agora não está na oposição, mas sim no Governo, e por isso era sua responsabilidade apresentar ideias neste debate sobre o setor da saúde.
Paula Santos e Isabel Pires mencionaram que não foram apresentadas quaisquer propostas pelo Governo para melhorar a situação dos profissionais de saúde, enquanto o deputado Paulo Muacho, do Livre, interpelou a bancada do PSD sobre as soluções que o Governo planeia implementar para o SNS.
“O PSD vem a este debate de mãos vazias. Será que o PSD não percebeu que a campanha eleitoral já terminou?”, questionou o deputado do Livre. Em sintonia, a deputada do PAN Inês de Sousa Real acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de ter feito promessas vãs na última campanha eleitoral.
“No entanto, agora, o Governo nada diz sobre saúde, enquanto a bancada do PSD evita prestar esclarecimentos”, criticou a deputada do PAN.
Contrariando as intervenções do PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN, o líder do Chega tomou a palavra para observar que o PS escolheu Marta Temido, ex-ministra da Saúde, como sua candidata principal nas eleições europeias.
“O PS é o partido mais hipócrita, destruiu o SNS com o apoio da extrema-esquerda e ainda escolhe Marta Temido como candidata. Espero que nas eleições europeias o PS não receba apenas um aviso, mas sim seja severamente penalizado”, declarou.
André Ventura aproveitou também para criticar o atual Governo PSD/CDS-PP, referindo que ainda na quarta-feira havia macas e ambulâncias à porta dos Hospitais da Universidade de Coimbra. E lançou um aviso: “Esperemos que o plano de emergência para a saúde não seja mais um fracasso, tal como o choque fiscal.”
“Exigimos o fim da direção executiva do SNS. Se a única troca for entre executivos com um cartão cor-de-rosa por outros com um cartão laranja, nós não iremos aceitar”, ameaçou o líder do Chega.
O deputado do PSD e ex-presidente da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, foi o primeiro a responder, indicando que a ministra da Saúde apresentou um plano de emergência para o setor com um prazo de 60 dias, encontrando-se há apenas 30 dias em funções.
Pelo lado do PS, o deputado Jorge Botelho recordou a ação de Marta Temido durante a pandemia da covid-19.
André Ventura contrapôs: “Não é à Marta Temido que devemos agradecer pelo combate à covid-19, mas sim aos profissionais de saúde que desempenharam a sua função em circunstâncias extremamente difíceis. Para o PS, não há expressões de apreço”, acrescentou.